Entre os anos de 2020 e 2022, durante a pandemia de Covid-19, o Brasil registrou um aumento de 25,3% no número de novas empresas, em comparação com o período prévio à crise, entre 2017 e 2019. Esses dados foram levantados pelo governo federal através da plataforma Yooga e revelam que 94% desses novos empreendimentos são iniciativas de microempreendedores que foram diretamente impactados pelas condições impostas pela crise sanitária e econômica.
O crescimento no surgimento de novos negócios é explicado pela mudança abrupta na situação financeira das pessoas durante a pandemia, com redução do poder aquisitivo e aumento do desemprego. Muitos dos novos empreendedores são indivíduos que perderam seus empregos anteriores e viram no empreendedorismo uma oportunidade de gerar renda ou até mesmo a única alternativa para sobreviver em meio às dificuldades.
De acordo com a plataforma, entre 2017 e 2019, foram abertas 232.070 pequenas empresas e 246.531 empresas de outros portes no Brasil. Já entre 2020 e 2022, o número de pequenos negócios que iniciaram suas atividades aumentou para 305.254, enquanto 255.597 empresas de outros portes também entraram em atuação.
O estado de São Paulo liderou o ranking de novas empresas abertas durante a pandemia, com um total de 2.909.253 negócios. Em seguida, vieram Minas Gerais (1.084.616), Rio de Janeiro (934.486), Paraná (695.480) e Rio Grande do Sul (607.755).
No geral, a média de tempo necessário para abrir uma empresa no país é de 37 horas, mas esse prazo pode variar significativamente de acordo com o estado. Por exemplo, na Bahia, o tempo de espera pode chegar a 77,9 horas, enquanto em Sergipe pode ser bem mais rápido, com apenas 13,8 horas.
Por outro lado, a plataforma também informou que o número de empresas encerrando suas atividades foi menor durante o período da pandemia (3,6 milhões) em comparação aos anos anteriores (4,5 milhões). Isso indica uma tendência de resiliência e adaptação dos empreendimentos durante esse período desafiador.